É o fim do dinheiro físico? Bom, o fim, certamente, ainda não, mas as novas ferramentas nos mostram que esse caminho está cada vez mais curto.
É raro encontrar alguém que ainda sai de casa com dinheiro físico dentro da carteira. O avanço das transações online nos mostra que as pessoas estão cada vez mais aliadas à tecnologia. E além dos avanços que já vimos até aqui, é possível que a roda da tecnologia gire ainda mais rápido.
É indiscutível que o mercado de pagamentos tem sido fundamental para esse crescimento das transações online e de um caminho cada vez menor para o uso menos frequente do dinheiro físico. No entanto, há uma outra novidade que pode caminhar lado a lado.
Avanços das transações online
O Pix foi o primeiro passo para um mercado de transações cada vez mais digital. A ferramenta de pagamento instantâneo foi lançada em 2020 e deixou nítida a digitalização dos meios de pagamento, inclusive, de uma forma muito bem sucedida.
Além disso, o uso de cartões, tanto de débito quanto de crédito, e o pagamento por aproximação com tecnologia NFC diminuem a necessidade de usar caixas eletrônicos para saques, por exemplo.
As mudanças, por sua vez, proporcionam uma série de desafios de informação e transparência para que as pessoas confiem nas novas tecnologias, requisito fundamental com as transformações digitais da atualidade.
A TNS já apresentou, em outros conteúdos, soluções que demonstram o avanço tecnológico no mercado de pagamentos e o quanto isso tem revolucionado o cotidiano das pessoas.
A relevância do ano de 2022 para esses avanços na prática
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dinheiro físico se tornou cada vez menos uma opção para os brasileiros. Essa é uma consequência da vida mais agitada que busca praticidade e agilidade.
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Além disso, as fintechs chegaram com mais força e impulsionaram a redução da concentração bancária.
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Para proporcionar melhor experiência ao usuário, a chegada do 5G no Brasil também foi um marco importante, que promete baratear produtos financeiros e garantir uma inclusão financeira maior.
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Ainda com foco no cliente, em agosto, o Banco Central divulgou o Manual de Experiência do Cliente de Open Finance 4.0, alterando a versão 3.0 do Manual de Experiência do Cliente no Open Banking.
Para 2023, a expectativa é de que os meios de pagamento assumam tendência de melhorias e novas funcionalidades.
Mercado de pagamentos em números
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De dezembro de 2020 a novembro de 2022, quando a ferramenta do Pix completou 2 anos de utilidade, o número de chaves cadastradas pelo Banco Central aumentou mais de 300%.
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De acordo com dados do Banco Central, a redução da concentração bancária, em dez anos, foi de 81% para 71%.
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Dados mais atualizados do Pix dão conta que 2.153.790.000 de transações por meio da ferramenta foram feitas apenas em fevereiro de 2023, movimentando mais de R$ 900 bilhões.
Esse é apenas um ponto…
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Para 2023, a expectativa é de que os meios de pagamento assumam tendência de melhorias e novas funcionalidades;
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Segundo um relatório do Banco Central, divulgado este ano, o crescimento no uso de pagamentos digitais no Brasil resultou na diminuição da desigualdade entre os indicadores dos grupos mais ricos e mais pobres.
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Além disso, em 2017, 43% do grupo de menor renda usavam pagamentos digitais contra 68% dos mais ricos. Em 2021, a diferença reduziu para 7 pontos percentuais, com 72% dos mais pobres utilizando os serviços digitais.
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Sobre o e-commerce, existe uma tendência de cresça ainda mais, principalmente entre os países da América Latina. Até 2025, esse aumento projetado é de 35%, conforme a Beyond Borders.
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Os QR Codes como meios de pagamentos também ganharam seu espaço. Os códigos gerados por usuários registraram, em 2022, mais de 6 milhões de digitalizações. Para se ter uma noção, o aumento em relação a 2021 foi de 433%.
Até aqui tudo bem. Os pagamentos online e as transações digitais já são uma realidade mais do que fixada no dia a dia do brasileiro. Mas e a moeda virtual? Você já ouviu falar?
Entenda o que é a moeda virtual
O Banco Central anunciou que vai iniciar os testes para criar o real digital, uma versão eletrônica da moeda brasileira. De acordo com o coordenador da iniciativa, a plataforma deve ser destinada para serviços financeiros em geral e pode se apresentar mais abrangente que o Pix.
Mas o que é a moeda virtual?
Moeda digital de banco central vem da sigla em inglês CBDC, isto é, Central Bank Digital Currency. O tema tem chamado a atenção do mundo todo, e a maioria dos países vê essa novidade como uma forma de potencializar a eficiência do mercado de pagamentos, além de gerar competição e inclusão financeira para a população.
No Brasil, todo o dinheiro movimentado e regulado pelo Banco Central é em espécie, isto é, papel moeda. Cerca de 1% do PIB anual – riqueza de bens e serviços produzidos no país – é dedicado ao processo completo de emissão do papel moeda.
Já mostramos aqui que as transações financeiras cresceram exponencialmente. Isso significa que o dinheiro já circula virtualmente. No entanto, esse dinheiro em movimentação também existe em espécie. Com a moeda digital, o Banco Central vai passar a emitir o impresso e o digital.
A moeda digital é similar ao bitcoin, mas é regulada pela autoridade monetária. Aqui no Brasil, o Banco Central já acompanha o assunto há algum tempo e criou, em 2020, um grupo para estudar a emissão da moeda digital.
Em resumo, a moeda digital, assim como o real digital, surge por meio de uma política implementada pelo próprio Banco Central, com regras objetivas, e só é operada pelos agentes autorizados. É isso que a diferencia, por exemplo, do bitcoin.
O real digital, quando implantado, poderá ser utilizado para o pagamento de contas, transferência de dinheiro, investimentos, assim como já se faz com o dinheiro em espécie.
Quando o Real Digital deve começar?
O Banco Central informou que o projeto-piloto do real digital já começou, em ambiente simulado e como forma de teste, no início deste mês de março, com o objetivo de começar a circulação até o fim de 2024.
O projeto-piloto, no entanto, não envolve transações reais e o acesso ao sistema será limitado a instituições financeiras que estão autorizadas pelo Banco Central.
Essa fase de testes deve durar até fevereiro de 2024, conforme anunciou o Banco Central. Em março do ano que vem, deve-se iniciar uma etapa de avaliação antes de ser, finalmente, lançada ao público.
Quais regras do Real Digital?
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O real digital deve ser emitido pelo BC, como uma extensão do dinheiro em espécie, com a distribuição ao público intermediada pelos bancos e instituições de pagamento;
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A custódia será do Banco Central;
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A moeda digital poderá ser trocada pelo real tradicional (em espécie), e vice-versa;
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A cotação será a mesma frente a outras moedas;
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não vai ser permitido que os bancos emprestem a terceiros esses recursos, como empréstimos;
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Não deve haver remuneração, ou seja, os recursos não terão uma correção automática;
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Haverá garantia tanto da segurança jurídica, quanto da cibernética e também da privacidade nas operações.
TNS acompanha passo a passo da tecnologia
A TNS é líder global no fornecimento de soluções de Infrastructure-as-a-Service (IaaS) para o Mercado de Meios Pagamentos e gerencia com segurança a entrega de mais de 32 bilhões de transações de pagamentos anualmente. As soluções da TNS permitem que seus parceiros simplifiquem, protejam e gerenciem os aspectos mais complexos do ecossistema de pagamentos e agregam vantagem estratégica ao negócio.
A rede da TNS é única e altamente resiliente, projetada para fornecer com segurança e rapidez informações essenciais sobre transações de pagamentos.
A segurança da informação e dos dados que circulam nos pagamentos são sempre criptografados. Além disso, oferecemos estrutura para aumentar ainda mais essa segurança, através do uso de APN exclusiva e possibilidade de utilização de tecnologia IMEI Lock para garantir que os dados sejam transmitidos apenas pela máquina original cadastrada em nossos servidores.
Ficou com alguma dúvida sobre o mercado de pagamentos ou tecnologia nesse meio? Fale com um de nossos especialistas, e vamos otimizar os seus processos.