Por que o Brasil é o segundo maior mercado de pagamentos do mundo?

Ganhamos o título de “segundo maior mercado de Pagamentos do Mundo” conforme o Prime Time for Real-Time 2024. Mas o que faz o Brasil se destacar nestes segmentos? De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS), o valor das compras com cartões de crédito e débito aumentou mais de 500% nos últimos 10 anos. Hoje, mais de 20 mil transações são realizadas a cada minuto no país.

O setor é um campo promissor para quem deseja empreender no país. É um mercado que se mantém flexível e se adapta com agilidade, mesmo em momentos de mudança de comportamento severo do consumidor — como o período de isolamento social motivado pela pandemia.

O destaque do Brasil no mercado de pagamentos é desenvolver uma combinação de fatores que englobam o tamanho da população, a inovação tecnológica, a rápida adoção de novas tecnologias pelos consumidores e um ambiente regulatório favorável.

Vamos aprofundar ainda mais o fundo neste segmento:

Trajetória de evolução em um mercado amplo

A posição de destaque do Brasil no mercado global de pagamentos é fruto de uma trajetória única de evolução financeira. Após períodos de hiperinflação nas décadas de 1980 e 1990, o Plano Real, implementado em 1994, trouxe estabilidade econômica e restaurou a confiança da população. “O Banco Central, com sua regulação robusta e iniciativas de educação financeira, criou um ambiente propício para a inovação, atraindo fintechs e promovendo soluções como o Pix”, reforça o presidente da Associação de Meios de Pagamentos e Fintechs (PAGOS), Linconl Rocha .

Com mais de 210 milhões de habitantes, o Brasil se destaca como um dos maiores mercados consumidores do mundo. A diversidade econômica e cultural do país se reflete em um grande volume de transações diárias, o que favorece o crescimento do mercado de pagamentos.

Inovação tecnológica como motor de crescimento

A inovação tecnológica é um dos principais motores de avanço do mercado de pagamentos no Brasil. A implementação do Pix, sistema de pagamento instantâneo lançado pelo Banco Central, revolucionou a maneira como os brasileiros realizam transferências e pagamentos, eliminando barreiras presentes nos métodos tradicionais. Essa solução bateu recorde em julho deste ano superando a marca de 220 milhões de transações em somente 24 horas, ainda conforme o Banco Central. Além de oferecer conveniência, o Pix aumenta a segurança e reduz custos tanto para usuários quanto para comerciantes.

Outras soluções como o Drex, a adoção de criptoativos e o uso de blockchain são avançadas em regulamentações e casos de uso, reforçando que a conectividade é a chave para a inovação no setor. Esse movimento acompanha um investimento significativo, com o mercado de tecnologia no Brasil alcançando R$ 707,7 bilhões em 2023, representando quase 7% do PIB nacional, segundo dados da Brasscom.

A conectividade como porta de entrada para a inovação

A conectividade abrangente no Brasil é um dos principais fatores que contribuíram para o país ao posto de segundo maior mercado de pagamentos do mundo. Com redes que abrangem tanto grandes centros urbanos quanto regiões remotas, novas tecnologias de pagamento se disseminam rapidamente, garantindo acesso a soluções digitais seguras e eficientes para grande parte da população.

A presença dessa conectividade abrangente é refletida diretamente no crescimento de soluções de comunicação essenciais para o setor de pagamentos. A TNS, por exemplo, viu um aumento significativo de 157% na base de cartões SIM ativos no Brasil, fruto desse ambiente que facilita a integração e a operação de dispositivos conectados. Essa infraestrutura garante que comerciantes, empresas e consumidores estejam interligados, permitindo o funcionamento eficiente dos sistemas de pagamento em todos os cantos do país.

“Isso demonstra como não estamos apenas respondendo às demandas do mercado, mas também antecipando-as, promovendo a adoção de novas tecnologias que facilitam o acesso a pagamentos digitais mais rápidos e seguros”, afirma Alexandro Araújo, Presidente da TNS Latam.

Adaptação rápida ao consumidor

No Brasil, a inclusão financeira tem sido uma prioridade, com iniciativas que promovem o acesso ao sistema bancário e a digitalização dos serviços financeiros. Este cenário fornece um terreno fértil para o desenvolvimento de novos métodos de pagamento que atendem às diversas necessidades da população.

E os consumidores brasileiros têm marcada uma disposição marcante para adotar novas tecnologias. O sucesso do Pix e o aumento do uso de carteiras digitais ilustram essa tendência de migração para pagamentos digitais, impulsionada pela busca por conveniência, segurança e agilidade.

De acordo com a PYMNTS Intelligence, 82% dos consumidores brasileiros afirmam que o PIX tem um impacto positivo ou muito positivo em suas vidas. Uma pesquisa internacional demonstra que o sistema se tornou uma referência mundial de sucesso em pagamentos em tempo real, demonstrando como a inovação pode transformar o setor financeiro e as práticas globais, através de modelo para países que buscam implementar sistemas semelhantes.

O crescimento do e-commerce e a popularização dos dispositivos móveis têm sido fundamentais para a transformação do comportamento dos consumidores brasileiros. Em 2024, o Brasil registrou 210,3 milhões de conexões móveis ativas, correspondendo a impressionantes 96,9% da população total, segundo o Data Reportal. Esse cenário evidencia a valorização por conveniência, segurança e agilidade, características que os pagamentos digitais atendem com grande eficácia.

Comparações globais: liderança em inovação

Nosso país se destaca globalmente não só em termos de volume de transações, mas também em inovação no setor de pagamentos. Em comparação com outros países emergentes, nosso país liderou pela rápida adoção de novas tecnologias, enquanto, em relação a países desenvolvidos, o dinamismo do mercado brasileiro se sobressai.

Em mercados como a Europa, por exemplo, o dinheiro físico ainda mantém um papel significativo. Uma pesquisa realizada pelo Banco Central Europeu (BCE) em 2022 indicou que o dinheiro continua a ser o meio mais aceito em transações no ponto de venda (POS), representando cerca de 59% desses pagamentos. Em contrapartida, o Brasil tem se destacado com soluções mais modernas, promovendo uma mudança cultural em direção à inovação nos pagamentos digitais.

A TNS, presente em 30 países, oferece uma visão singular sobre as diferentes culturas de pagamento. A capacidade de adaptação da empresa tem sido fundamental para acompanhar e incentivar esse processo de evolução.

Conclusão

O Brasil alcançou o segundo maior mercado de pagamentos do mundo devido a uma combinação de inovação tecnológica, conectividade e a rápida adaptação dos consumidores a novas soluções.

A TNS, com mais de 30 anos de experiência global e uma década de atuação no país, destaca-se como uma integradora de soluções no setor de pagamentos. Oferecemos desde o aluguel de POS e conectividade móvel até serviços personalizados que garantem a eficiência e segurança das operações.

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