Podemos dizer que atualmente as pessoas não vivem sem utilizar a internet móvel, também conhecida como dados móveis.
Eles são utilizados em smartphones, tablets, rastreadores veiculares, máquinas de cartão de crédito, ou seja, em praticamente tudo que faz parte do nosso dia a dia para diversos fins.
Podemos definir a internet móvel como o uso de tecnologias de comunicação sem fio (wireless) para acesso a informações e aplicações Web a partir de dispositivos móveis.
A conexão por dados móveis vem evoluindo ano após ano e a mais nova novidade é o 5G. Mas você sabe exatamente o que esta nova tecnologia e os impactos que ela irá causar em nossas vidas?
5G: o novo padrão que irá revolucionar a internet móvel
O 5G é a rede móvel de 5ª geração. Isso significa que agora existe um novo padrão sem fio global, que surge após as redes 1G, 2G, 3G e 4G. O 5G permite um novo tipo de rede projetada para conectar máquinas, objetos e dispositivos.
A tecnologia sem fio 5G foi projetada para fornecer velocidade mais alta, latência ultrabaixa, mais confiabilidade, capacidade de rede massiva, maior disponibilidade e uma experiência mais uniforme para um número maior de usuários.
A possibilidade de um desempenho superior e eficiência aprimorada vão capacitar novas experiências de usuário e conectar novos setores.
Quais são as diferenças entre as gerações anteriores de redes móveis e o 5G?
As gerações anteriores de redes móveis são 1G, 2G, 3G e 4G.
Primeira geração – 1G
1980: A primeira geração de rede móvel sem fio foi lançada para uso nos primeiros celulares. A transmissão funcionava de forma analógica, utilizando sinais de rádio para codificar o áudio, e a tecnologia era limitada a fornecer os serviços de voz entre aparelhos.
Segunda geração – 2G
A partir da segunda geração de conexão móvel, chamada de 2G, todo o funcionamento é feito de forma digital. Além da transição para a criptografia digital, o 2G contou com um padrão único, chamado de Global System for Mobile Communication (GSM), o que ajudou a ampliar a sua compatibilidade.
O 2G a partir de 1991, foi importante para distribuir serviços de voz e mensagens de texto. Havia capacidade para transmissão de dados, mas de forma limitada: o máximo de taxa de transferência de dados era de aproximadamente 97 Kbps.
Algumas melhorias ao padrão GSM facilitaram a transmissão de dados e o acesso à internet por celulares.
As tecnologias General Packet Radio Service (GPRS) e Enhanced Data for Global Evolution (EDGE) foram fundamentais nesse processo, oferecendo maiores velocidades de transmissão.
Terceira geração – 3G
O 3G, lançado em 2001, corresponde à terceira geração de conexão móvel, que consolidou o acesso e a navegação pela internet por celulares.
O enfoque dos novos padrões e tecnologias foi o uso diário de serviços de internet, como a navegação em sites, redes sociais, acesso a e-mails e troca de mensagens.
A mudança de geração ampliou o acesso à internet móvel, comportando números cada vez maiores de taxas de dados.
Assim como na geração anterior, o 3G recebeu melhorias ao longo dos anos, aumentando a velocidade e a capacidade de transmitir dados móveis.
A introdução da tecnologia High Speed Packet Access (HSPA) e HSPA+ permitiu taxas de transmissões ainda maiores.
Você pode notar a presença dessas tecnologias com o “H” ou “H+” exibidos em seu celular.
Quarta geração – 4G
O 4G representa a quarta fase de tecnologias para a conexão móvel, com avanços significativos na transmissão de dados.
Através do padrão Long Term Evolution (LTE), foi anunciada em 2010 e ampliou a velocidade, a capacidade de tráfego e a estabilidade do uso de internet em celulares.
Esta geração possibilitou usar dados móveis para realizar serviços que, até então, eram limitados à conexão por banda larga fixa.
O 4G permitiu reproduzir vídeos em alta definição, jogar online e realizar de videoconferências com velocidade e estabilidade que não eram disponibilizadas no 3G.
A quarta geração trouxe uma taxa de transmissão que podia atingir até 300 Mbps e é uma rede baseada em protocolo IP, o que aumenta a capacidade de usuários simultâneos.
As atualizações e melhorias na rede incluíram o LTE Advanced (4G+) e o LTE Advanced-Pro (4,5G), que elevaram a velocidade de conexão, construindo uma transição para a próxima geração.
1G, 2G, 3G e 4G levaram ao 5G, que foi projetado com uma capacidade estendida para permitir experiências de usuário de próxima geração, capacitar novos modelos de implantação e fornecer novos serviços.
Com altas velocidades, confiabilidade superior e baixa latência, o 5G expandirá o ecossistema móvel para novos segmentos.
O 5G impactará todos os setores, tornando o transporte mais seguro, assistência médica remota, agricultura de precisão e muito mais – uma realidade.
BENEFÍCIOS DO 5G
Leilão do 5G do Brasil rendeu bilhões em investimentos
O Brasil realizou seu tão esperado leilão para a construção da rede sem fio de quinta geração do país. A tecnologia promete velocidades mais rápidas, menos latência na conexão à rede e a capacidade de conectar mais dispositivos à internet.
De longe a maior licitação de telecomunicações do Brasil, também teve como objetivo expandir a inclusão digital.
No Brasil foram a leilão faixas de frequência em quatro faixas de frequências: 700 MHz; 2,3 GHz; 3,5 GHz e 26 GHz. As principais faixas para o 5G serão:
O leilão recebeu 15 propostas elaboradas por operadoras de telecomunicações e provedores regionais.
700 MHz (Lote Nacional) – foi adquirida pela empresa Winity II Telecom
2,3 GHz, (Lotes regionais) – Claro, vai atuar nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul e no estado de São Paulo;
Brisanet, vai atuar na região Nordeste;
Vivo, vai atuar nos estados de RJ, ES e MG;
Algar Telecom, vai atuar no Sul de Minas e em localidades de GO, MT e SP.
3,5 GHz (Lote nacional) – Foram ofertados 4 lotes, porém somente 3 foram arrematados. A operadora Claro ficou com o lote B1, o lote B2 pela Vivo e o lote B3 ficou com a TIM.
Faixa de 26GHz (Lotes nacionais)
Autorização de 20 anos para exploração da faixa: Claro, Vivo.
Autorização de 10 anos para exploração da faixa: TIM.
Faixa de 26GHz (Lotes regionais)
- Lotes regionais, autorização de 20 anos para exploração de faixa:
- TIM – região Sul, além dos estados de SP, RJ, ES e MG.
- Algar Telecom – Triângulo mineiro e localidades de MS, GO e SP.
- Flylink – Triângulo mineiro e localidades de MS, GO e SP.
- Lotes regionais, autorização de 10 anos para exploração de faixa:
- TIM – Região sul, além dos estados de SP, RJ, ES e MG.
- Neko –Estado de SP.
Obrigações dos ganhadores
Como contrapartida, as empresas vencedoras terão que investir na expansão da infraestrutura de fibra óptica na região Amazônica por meio de seis infovias (cabos subfluviais) que interligarão seis cidades da região, na expansão da cobertura com sinal de internet para 31.500 quilômetros de rodovias federais e para mais de 9.600 localidades como povoados, núcleos rurais e vilas, onde a internet móvel ainda não chegou.
As prestadoras terão, ainda, que estruturar a rede privativa de comunicação da Administração Pública Federal e entregar kits de televisão para famílias de baixa renda do Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal.
As empresas ganhadoras da faixa 26GHZ têm como contrapartida levar internet de qualidade às escolas de educação básica do país.
Pedro Yvo é Technical Support na TNS Latam.